Os pais de atletas do Rio de Janeiro que iriam participar dos Jogos da Juventude, em Aracaju, continuam a se queixar de que o governo do estado não pagou as passagens aéreas para a delegação. De acordo com um documento assinado entre o Comitê Olímpico do Brasil (COB) e o secretário estadual de Esporte e Lazer, Alessandro Carracena, o estado se comprometeu a arcar com as despesas dos bilhetes aéreos.
Cinco dias antes do início dos jogos, a secretaria informou que não arcaria com os custos. A situação foi revelada pelo blog e, em seguida, a pasta se comprometei a comprar os bilhetes.
Procurada novamente pelo Panorama Esportivo após a reclamação dos pais, a secretaria informou que comprou 57 passagens (entre atletas e treinadores) — anteriormente havia dito que seriam 61 — e que priorizou dois critérios: quem estava inscrito na competição e quem havia se comprometido a ir com transporte terrestre. A nota disse ainda que “os atletas contemplados com as passagens aéreas que estavam dentro dos critérios adotados fazem parte das equipes do handebol masculino e feminino, basquete masculino, wresteling e futsal masculino e feminino”.
O governo também informou que não comprará novas passagens.
Segundo o COB, entre os dias 28 e 30 de agosto, data estabelecida para a conferência de documentos dos atletas, o chefe da delegação do Rio de Janeiro confirmou a presença de 136 integrantes, sendo 114 atletas.
Alguns atletas, como do atletismo e do taekwondo já perderam suas competições porque elas já aconteceram. Porém, outros, como do judô, ainda aguardam uma posição sobre se conseguirão ter seus bilhetes ou não, já que suas lutas são no final dos jogos, entre 14 e 18 de setembro.
De acordo com o advogado Livelton Lopes, do escritório Muniz & Lopes Advocacia, os familiares dos atletas podem entrar na Justiça contra o estado. E aqueles que ainda têm competições a participar, podem requerer uma tutela de urgência:
— Se o compromisso foi assinado cabe a ação contra o governo do estado para que venha arcar com esses valores que eles se comprometeram a assumir. Pode ser uma ação de obrigação de fazer como pode ser uma ação ordinária de um pedido de tutela de urgência — contou o advogado.
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